Bem-vindos à Lisbon South Bay, a marca com que os municípios de Almada, Seixal e Barreiro se promovem junto de franceses, chineses ou americanos. Aproveitam o sucesso de Lisboa, mas oferecem cidades mais calmas e (ainda) mais baratas.

Visitas como esta têm-se multiplicado nos últimos meses, conta o autarca barreirense. É, diz, um trabalho muitas vezes “invisível”. Até quando isso significa terminar uma reunião de Câmara à meia-noite e seguir para Lisboa para um encontro que dura mais duas ou três horas, concretiza. “Temos de ir a todas.”

No Seixal, a visita de um pequeno grupo de empresários franceses foi o lado público deste trabalho de bastidores, que tem levado os autarcas a salões imobiliários de Cannes ou Paris e a visitas a várias cidades no estrangeiro. A manhã de meados de Abril começara com uma apresentação no auditório da câmara. Dito de outro modo, iniciara-se com uma sessão de vendas interactiva. No ecrã, durante alguns minutos, lia -se “Uma terra com um mar de oportunidades” sobre uma imagem da baía ao pôr-do-sol. Depois, um vídeo acrescentaria que o Seixal é “um paraíso às portas de Lisboa”.

Ou, como colocaria Joaquim Santos – com direito a tradução simultânea para francês – é um concelho com “umconjunto de oportunidades de investimento”. E são muitas, entre possibilidades de construção ou de aluguer: três hotéis de quatro a cinco estrelas (um deles recuperando a antiga fábrica de cortiça da Mundet), um alojamento de charme, junto à oficina de Manuel Cargaleiro (projectada por Siza Vieira), mais três restaurantes (um deles no antigo terminal fluvial). E há mais: apostando naatracção de fãs de desportos náuticos, a Câmara prevê a construção de uma marina, em parceria com o Barreiro, e de um centro náutico, mas também de um novo estádio municipal e de um pavilhão multiusos, da ampliação do centro de estágio do Benfica, de um parque urbano que “terá a melhor vista e será o postal vivo de Lisboa”. Já no seu gabinete, em entrevista à SÁBADO, o comunista explicaria: “Somos praticamente mais um bairro de Lisboa e queremos que o afluxo turístico acorra aqui ao concelho.”

Exige-se aqui uma nota de rodapé: o argumento Lisboa é essencial na forma como estes concelhos da Margem Sul do Tejo se apresentam ao exterior. Até criaram a marca idílica de Lisbon South Bay (a baía a sul de Lisboa). Argumentam que estão a 15 minutos da capital de barco, perto das auto-estradas que dão acesso às pontes 25 de Abril e Vasco da Gama e têm linha de caminhos-de-ferro. E o Barreiro tem referido ainda a existência de dois portos na área da antiga CUF.

Bem-vindos à Lisbon South Bay, a marca com que os municípios de Almada, Seixal e Barreiro se promovem junto de franceses, chineses ou americanos. Aproveitam o sucesso de Lisboa, mas oferecem cidades mais calmas e (ainda) mais baratas.

A gargalhada de Joaquim Santos espalha-se pelo autocarro. “É a primeira vez que faço de guia turístico”, confessa o presidente da CDU da Câmara do Seixal, ao microfone. Mas não é a primeira vez que mostra a zona ribeirinha do concelho a um grupo de potenciais investidores estrangeiros. É uma espécie de autarca-promotor imobiliário. O que, na verdade, está em linha com o que têm feito os seus vizinhos socialistas, eleitos apenas em Outubro, do Barreiro e de Almada. Inês de Medeiros até regressou há dias de uma viagem à Coreia do Sul para apresentar a empresários o projeto da Cidade da Água, que transformará os antigos estaleiros da Lisnave. E ainda na passada segunda-feira, 2 de Julho, Frederico Rosa alterou à última hora a sua agenda para mostrar os terrenos da Quinta Braamcamp, sobre o rio, a interessados que o contactaram na véspera.

Visitas como esta têm-se multiplicado nos últimos meses, conta o autarca barreirense. É, diz, um trabalho muitas vezes “invisível”. Até quando isso significa terminar uma reunião de Câmara à meia-noite e seguir para Lisboa para um encontro que dura mais duas ou três horas, concretiza. “Temos de ir a todas.”

No Seixal, a visita de um pequeno grupo de empresários franceses foi o lado público deste trabalho de bastidores, que tem levado os autarcas a salões imobiliários de Cannes ou Paris e a visitas a várias cidades no estrangeiro. A manhã de meados de Abril começara com uma apresentação no auditório da câmara. Dito de outro modo, iniciara-se com uma sessão de vendas interactiva. No ecrã, durante alguns minutos, lia -se “Uma terra com um mar de oportunidades” sobre uma imagem da baía ao pôr-do-sol. Depois, um vídeo acrescentaria que o Seixal é “um paraíso às portas de Lisboa”.

Ou, como colocaria Joaquim Santos – com direito a tradução simultânea para francês – é um concelho com “umconjunto de oportunidades de investimento”. E são muitas, entre possibilidades de construção ou de aluguer: três hotéis de quatro a cinco estrelas (um deles recuperando a antiga fábrica de cortiça da Mundet), um alojamento de charme, junto à oficina de Manuel Cargaleiro (projectada por Siza Vieira), mais três restaurantes (um deles no antigo terminal fluvial). E há mais: apostando naatracção de fãs de desportos náuticos, a Câmara prevê a construção de uma marina, em parceria com o Barreiro, e de um centro náutico, mas também de um novo estádio municipal e de um pavilhão multiusos, da ampliação do centro de estágio do Benfica, de um parque urbano que “terá a melhor vista e será o postal vivo de Lisboa”. Já no seu gabinete, em entrevista à SÁBADO, o comunista explicaria: “Somos praticamente mais um bairro de Lisboa e queremos que o afluxo turístico acorra aqui ao concelho.”

Exige-se aqui uma nota de rodapé: o argumento Lisboa é essencial na forma como estes concelhos da Margem Sul do Tejo se apresentam ao exterior. Até criaram a marca idílica de Lisbon South Bay (a baía a sul de Lisboa). Argumentam que estão a 15 minutos da capital de barco, perto das auto-estradas que dão acesso às pontes 25 de Abril e Vasco da Gama e têm linha de caminhos-de-ferro. E o Barreiro tem referido ainda a existência de dois portos na área da antiga CUF.

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